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19 de Janeiro de 2008
A noite de SIRIUS B No encontro anterior referi as tentativas de fazer a separação visual de Sirius A e Sirius B e como todas as tentativas tinham sido inconsequentes. Entretanto o Guilherme de Almeida fez a sugestão de usar uma fita preta, com a largura de 0,5mm a 1mm, a qual atravessaria todo o campo da ocular e iria ser deslocada de forma a bloquear parcialmente Sirius A, permitindo assim a visão de Sirius B. Encontrei umas vulgares abraçadeiras de plástico preto, com a largura de 2,5mm e espessura próxima do valor indicado. Usei a técnica sugerida. O equipamento foi o seguinte: -Obsession de 15″ - Ocular Nagler de 12mm, campo aparente 82º - Powermate 2 (amplificação =350x) - Powermate 4 (amplificação=560x) A resolução de Sirius B foi conseguida nas duas amplificações. O ângulo de posição era próximo de 100º e a separação angular deveria rondar os 5" de arco. Logo à segunda tentativa consegui a separação perfeita. A largura extra da fita foi também muito útil. Usando toda a largura era fácil bloquear Sirius A e, depois, inclinando a fita, diminuir o nível de bloqueio. Primeiro aparecia Sirius B, com Sirius A quase totalmente bloqueado e, com a diminuição do bloqueio de luz, conseguiam-se os dois componentes. A separação foi conseguida por mais de 10 dos 25 presentes na Atalaia. A noite foi quase toda gasta à volta de Sirius e valeu a pena. Para o fim da noite ainda houve tempo para Saturno e para a Lua. A Lua, através da binocular Denkmaier do Licínio, foi uma visão fantástica. Conseguimos uma vista absolutamente espectacular pela definição, relevo e riqueza de pormenor do Valis Schroter e de Aristarco, que se encontravam bastante próximo do terminador. Já com o equipamento arrumado, fomos brindados com um bólide, de leste para oeste, de um azul vivo, quase verde esmeralda. Houve mais uma vez casa cheia, apesar da Lua e da humidade. Para mim e para todos os que tivemos o privilégio de lá estar e de ter esta experiência, esta noite ficará registada como a noite de SIRIUS B. Alberto
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