|
|
5 de Junho de 2005
Vale da Lama - Alpiarça - Sábado Vale da Lama - Alpiarça - Saturday Encontrámo-nos junto à barragem de Alpiarça, para umas Naglers fresquinhas com gastrópodes e bifanas à mistura. Presentes estavam O Mário Santiago com a Carmen e a Raquel, nossos anfitriões, o João Gregório, o Filipe mais a Leonor, o Paulo BG, o Paulo Barros, o Luis Carreira e eu. Pelas 20h dirigimo-nos ao local de observação, um montado sobranceiro a um, imaginem, arrozal. Áquela hora, as melgas, esse insecto abjecto que não serve absolutamente para nada, ocupavam felizes o nosso espaço. Como não as podíamos vencer, juntámo-nos a elas. Com o anoitecer o coaxar das rãs tornou-se ensurdecedor. Deviam coaxar menos e comer mais. Após a montagem dos equipamentos deu-se início à noite gastronómica. O lume, proficientemente gerido pelo Paulo Barros, permitiu a assadura suculenta de febras, entrecosto e das já famosas morcelas de arroz do Carreira. Para acompanhamento, tinto, branco e, claro, Naglers. Entretanto chegaram já jantados os Pedros Mota e Ré, e também o Rui Tripa. A meio da noite apareceu o Alberto que vinha de mostrar o céu a uns amigos. Mesmo assim não hesitou em montar pela Segunda vez nessa noite o seu Obsession. Admiro a sua resistência e a sua devoção à astronomia. E as cerejas que trouxe souberam divinalmente às 3h da manhã, hora a que finalmente as rãs se calaram. O céu, embora um pouco turbulento, permitiu que todos realizassem as tarefas agendadas para a noite, à excepção do Gregas que continuava com problemas na autoguiagem. A aurora brindou-nos com uma Lua minguante em falcada fina, e com um Marte que se aproxima rapidamente e que já revela uma grande calote polar e algum detalhe de albedo. O céu em Vale de Lama é escuro, e justifica plenamente a deslocação ao local, essencialmente para as noites sem Lua. Foi um excelente momento de astronomia e de convívio. Vale de Lama, Alpiarça, terra de touros e de toureiros, e agora, também de astrónomos. J.R. We met by the dam of Alpiarça, for some cool "Naglers", gasteropoda and grilled stuff. The attendants were Mário Santiago, together with Carmen and Rachel,our amphytrions, João Gregório, Filipe and Leonor, Paulo BG, Paulo Barros, Luis Carreira and me. By 20:00 hours we went to the observing site, a sparse grove on the brink of, just imagine, a rice field. By that time, the mosquitoes, those good-for-nothing insects, happily occupied our space. Unable to chase them we joined them. At nightfall the croak of the frogs was deafening. They should eat more mosquitoes and croak less. After setting up the equipments, it was time for gastronomy. The fire, kept alive by Paulo Barros, permitted to grill some boneless meat, backribs and the famous blood sausages with rice; and, to go with, red and white wine along with some "naglers". Meanwhile, Pedro Mota, Pedro Ré and Rui Tripa joined the group. By the middle of the night, arrived Alberto who had been showing the sky to some friends. He did not hesitate to set up, for the second time, that night, his Obsession. I admire his resistance and devotion to astronomy. And the cherries he brought tasted extremely good at 03:00 AM, when the frogs fell silent at last. The sky, despite some turbulence permitted to carry out the tasks of the night, exception done to Gregório, who had problems with the autoguiding. The dawning offered us a delicate whaning moon and allowed a first look to Mars already showing a large polar cap and some detail in the albedo Vale da Lama offers a dark sky and justifies the trip to the place, particularly in moonless nights. It was an excellent moment of astronomy and togetherness. Vale da Lama, Alpiarça, land of bulls and bull-fighters, is now a land of astronomers as well. JR
|